Título:Os Adoráveis
Autor: Sarra Manning
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014
Classificação: 5 estrelas
Sinopse: “Jeane é blogueira. Seu blog, o Adorkable, é um blog de estilo de vida — na verdade, o estilo de vida dela — e já ganhou até prêmios na categoria “Melhor Blog sobre Estilo de Vida” pelo The Guardian e um Bloggie Award. Adora balas Haribo, moda (a que ela cria, comprando em brechós) e colorir (ou descolorir totalmente) os cabelos. Cheia de personalidade e meio volúvel, ainda assim Jeane é bacana — mesmo nos momentos em que se transforma numa insuportável. Mas, certamente, ela não olharia duas vezes para Michael. Porque Michael é o oposto de Jeane. Ele é o tipo de cara que namoraria a garota mais bonita da escola. E compra suas roupas na Hollister, na Jack Wills e na Abercrombie. Além disso, diferente de Jeane, que é autossuficiente, Michael é completamente dependente do pai, o Clínico Geral que condena açúcar, e ainda permite que sua mãe compre suas roupas! (Embora, para Jeane, o pior mesmo sobre Michael é que ele baixa música da internet e nunca paga por isso). Jeane e Michael têm pouco em comum, além de algumas aulas e uma maçante dupla de “ex” — Scarlett e Barney. Mas, apesar disso, eles não conseguem se desgrudar desde que ficaram pela primeira vez.”
CARACA! Que livro legal!
Não poderia começar essa resenha sem antes expressar minha total alegria com esse achado. Já faz um tempo que um livro não despertava esse desejo absurdo de compartilhar minha opinião (positiva) com o mundo. Mas (porém, todavia), um dia achei os Adoráveis e a sinopse me conquistou pelos seguintes motivos:
1) não leio muito sobre adolescentes do Reino Unido,
2) Eu gosto desse lance de amor e ódio, não conseguir evitar estar perto e etc,
3) Jeane é uma blogueira!
Mas ela não é uma blogueira qualquer, ela é do tipo muito influente, faz palestras, tem +500k de seguidores do twitter, conhece pessoas famosas, mora sozinha desde os 15 anos, é descolada e muito mais, mas a vida dela não é tão incrível como se imagina… Quando é avisada sobre uma possível traição de seu namorado e único amigo na escola, Jeane acaba criando um laço com Michel Lee.
Michel Lee… poetas escreverão odes as suas maçãs do rosto! *Piadinha interna*
Michel é o típico adolescente modelo, gente boa, popular, mas gentil com quem não é, um garoto exemplar que todos os caras querem copiar e todas as meninas querem namorar, menos a sua própria namorada… Desconfiando de uma traição ele conversa com Jeane – a outra ‘corna’ – e a história começa a se desenvolver.
Jeane e Michel são tão opostos que definitivamente se atraem! O Michel é um pouco machista, cheio de si, com um ego nas alturas e não posso dizer que a culpa é apenas dele por ser assim, as pessoas o adoram e ele faz de tudo pra que o status permaneça. Como disse é um garoto modelo, mimado pelos pais super protetores e super exigentes no que diz respeito ao seu comportamento.
Por outro lado a Jeane é feminista, uma jovem a frente do seu tempo e precursora do movimento dork.
“O Manifesto1. Não temos nada a declarar, a não ser sobre nossa dorkidade.2. Bazares de usados são nossos shoppings.3. É melhor transar do que ficar na mesmice.4. Necessariamente, o sofrimento não melhora você como pessoa, mas lhe dá assunto para blogar.5. Experimente Photoshop, tintura de cabelo, diferentes esmaltes e sabores de cupcake, mas nunca experimente drogas.6. Não siga líderes, seja um.7. A necessidade é a mãe da customização.8. Filhotes tornam tudo melhor.9. Garotas quietinhas raramente fazem história.10. Nunca esconda sua esquisitice, mas use -a como um escudo.”
Ela é uma garota diferente, feia e esquisita segundo os padrões estéticos atuais, mas isso não impede que Michel – supra-sumo da “beleza” – fique caidinho por ela e vice versa. Pessoal, é hilária a forma como eles não conseguem se separar/se beijar/ se pegar em cada momento livre. Mas isso precisa ser um segredo porque ambos não querem ser vistos na companhia do outro!
“O primeiro beijo foi um acaso.O segundo beijo foi, obviamente, só para ver se o primeiro beijo realmente tinha sido um acaso.Mas não havia desculpas para os beijos que vieram depois disso.”
Conforme as páginas vão sendo viradas, nós percebemos as fragilidades de ambos os personagens, as inseguranças de Michel com a imagem e com o que as pessoas vão pensar, a solidão de Jeane e como ela lida com o fato de a família estar toda distante e não se importar muito com ela, isso humaniza ambos, mostrar suas imperfeições faz com que simpatizemos mais com eles!
E as brigas…
Caro leitor, é difícil pegar um dialogo Michel/Jeane em que eles não estejam brigando, é muito engraçado mesmo porque vemos como a cabeça de cada um funciona por o livro ser narrado pelos pontos de vista de ambos, mas mesmo com todas as brigas eles são perfeitos um para o outro! Sim, eu shippei esses dois desde a sinopse – risos.
“Jeane Smith. Sem palavras. Deus, eu era bom.”
Bom, vou parar por aqui porque acho que falei (escrevi) demais! Os Adoráveis está mais do que indicado para todos que curtem um romance muito gostoso, cheio de dorkidade e um pouco de muita esquisitice 😉
Leiam, leiam e leiam! (Sim, isso é uma ordem! Ou não né! rsrs)
Até a próxima!
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