Oi gente!
Já falei aqui sobre um dos projetos pra vida né?
A volta ao mundo em 198 livros, falo pra vida porque não faço ideia de quando irá terminar. Então vou contar como foi a experiência de leitura do primeiro livro desse projeto, e o país “visitado” é a FINLÂNDIA o
Bem, eu disse que não iria fazer sorteio então a escolha se deu porque era um livro que estava na estante desde 2014 e que eu queria muito ler, mas acabava passando outros na frente, e por ser de uma escritora finlandesa. Quem me conhece, sabe que desde que eu conheci a banda finlandesa HIM a muitos anos atrás e depois outros artistas, inclusive que cantam em finlandês, foi que passei a admirar o país.
Depois de ouvir artistas que cantam em finlandês o idioma se tornou uma das minhas línguas favoritas e que também é muito apreciada por Tolkien que amo de paixão, só isso já deveria ser suficiente. A pronúncia do Quenya lembra um pouco o finlandês em algumas palavras e é muito gostosa de pronunciar.
A Finlândia é muito elogiada pelo seu sistema de ensino sendo considerado um dos melhores do mundo, tem belas paisagens tanto no verão quanto no inverno, e é onde o Papai Noel mora rs, você definitivamente pode ir visita-lo.
Ao livro…
Título: Mulher de Neve (Maria Kallio #4)
Autor: Leena Lehtolainen
Editora: Vestígio
Ano: 2014
Páginas: 320
Classificação: 3,5 estrelas
Sinopse: No coração de uma floresta selvagem do sul da Finlândia, em uma magnífica mansão, Elina Rosberg fundou um centro de terapia para acolher mulheres com os mais diversos problemas. Isolado da cidade, o local proíbe a entrada de homens.
No dia seguinte ao Natal, o corpo de Elina é encontrado na neve, com o rosto coberto pela geada. Acidente? Assassinato? Na lista de suspeitos estão as mulheres presentes no momento da tragédia, como a jovem mãe de nove filhos, membro de uma seita religiosa, e uma stripper do bairro boêmio de Helsinque. Um poeta em voga, com quem Elina mantinha um relacionamento, parece ter algo a esconder e também está entre os suspeitos.
Está nas mãos da inspetora Maria Kallio desvendar esse crime, mas ela passa por um momento difícil: recém-casada, sofre de náuseas e de um estranho cansaço, e ainda tem de lidar com as constantes ameaças que recebe desde que se envolveu na investigação. Ela, porém, não se deixa abater e mergulha de cabeça. A tensão, que cresce a cada página, faz deste romance policial um suspense garantido até o último momento.
Mulher de Neve, da autora Leena Lehtolainen é o segundo livro da inspetora Maria Kallio publicado pela Vestígio, conhecida por seus títulos policiais incluindo autores escandinavos. Quando comecei a me interessar por esse gênero procurei por livros ambientados nas terras geladas e o primeiro também da Vestígio foi a Fera Interior, do inspetor dinamarquês Konrad Simonsen. Tinha visto boas críticas e não pensei duas vezes, o que foi uma pena pois o livro foi salgado e a experiência decepcionante. Mas eu não ia desistir assim e coloquei fé na autora finlandesa. Não encontrei o primeiro livro da autora de título Meu Primeiro Assassinato e achei que não teria tanto problema começar pelo próximo, já que a própria editora pulou publicações, Mulher de Neve consta no Goodreads como o livro 4 da serie Maria Kallio.
“Eu me encontrava mais uma vez diante de um caso de assassinato tortuoso demais, recheado de uma multidão de suspeitos irascíveis.”
Maria Kallio é uma inspetora dedicada que trabalha em um ambiente dominado por homens e nesse volume se encontra em um novo momento em sua vida pessoal. Recém – casada, depois de anos se considerando uma solteira convicta, tenta conciliar essa nova fase e a puxada rotina da polícia.
“Policiais podem sempre tentar se casar, mas isso nunca acaba bem. (…) você só pensa no trabalho. Nenhum homem suporta isso.”
Depois de uma palestra no centro de treinamento Rosberg, uma espécie de refugio para mulheres que oferece terapia e seminários, Maria recebe o telefonema de uma das moradoras Aira, relatando o desaparecimento de sua sobrinha e fundadora do centro Elina Rosberg. Por ter a entrada proibida para homens cabe a inspetora tratar do caso. A princípio Maria não vê motivo para preocupação, mas a medida que o tempo passa ela começa a achar que há realmente algo errado e isso se confirma quando o corpo de Elina é encontrado sem uma ferida que indique a causa da morte. Encontrada coberta pela neve é como se a causa fosse o frio, mas porque ela sairia descalça e sem uma roupa apropriada para uma temperatura tão baixa no meio da noite?
A medida que as investigações começam, Maria se depara com um bom número de suspeitos, o namorado de Elina e algumas das mulheres que se encontravam na casa na noite de seu desaparecimento incluindo uma stripper de personalidade agressiva e uma mãe de 9 filhos expulsa de casa por tomar uma atitude condenável aos olhos de sua religião. Enquanto investiga os suspeitos ela não deixa de tentar saciar a própria curiosidade sobre alguns deles.
O livro é narrado em primeira pessoa, então sabemos o tempo todo o que se passa na cabeça de Maria, ela precisa lidar com o suposto assassinato de Elina, a sombra de um antigo caso que põe sua vida e a de seu parceiro em risco e uma notícia inesperada que vai interferir complemente na sua vida vida pessoal e profissional.
Kallio me ganhou desde o início, e os demais colegas de trabalho dela também, até mesmo seu marido Antti que aparece pouco ganhou minha simpatia e fiquei curiosa pra ler o outro livro no qual ela o conhece em seu primeiro caso de assassinato. Livros em série como esse, costumam trabalhar a construção dos personagem aos poucos então devo ter perdido algumas coisas sobre ela que acredito foram retratadas no primeiro livro. Mesmo assim esse não deixa nada a desejar nesse aspecto. A investigação instiga o leitor a fazer várias suposições e quando cheguei ao final fui pega de surpresa, eu não esperava esse desfecho.
Não posso deixar de falar que é interessante quando a Lenna apresenta um pouco da cultura finlandesa, seja na personalidade de alguns dos habitantes e/ou relatando seus hobbies e costumes, ela não deixa de mencionar a famosa sauna, paixão finlandesa.
Eu gostei muito das edições da Vestígio, no incio chegou a me incomodar a ausência de orelhas, mas todo o trabalho de diagramação e revisão são ótimos, folhas amareladas e fonte em tamanho confortável, não me lembro de ter encontrado erros em nenhum dos dois livros que li. Gostei muito do trabalho que fizeram com as capas de forma padronizada para diferentes autores, com uma chamada na forma de selo fazendo com que a gente reconheça de longe os títulos da editora.
Apesar de eu ter ficado ansiosa para descobrir a identidade do assassino e seus motivos, o que mais me interessou no livro foi a vida particular da Maria, as mudanças recentes e como estava lidando com elas. Já estou ansiosa pela publicação do próximo livro exatamente pra ver os rumos que sua vida vai tomar a partir de um fato inesperado apresentado nesse volume e vê-la desvendando mais casos.
Mulher de Neve é um policial tranquilo de ler, nem um pouco confuso ou cansativo e que prende desde o início um com leve suspense e a simpatia de Maria Kallio.
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