Título: O Lobo e a Pomba
Autor: Kathleen E. Woodiwiss
Editora: BestBolso
Páginas: 496
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance Histórico
Classificação: Barbara: 3; Michelli: 1; Raquel 3 estrelas.
Sinopse: Autora de mais de 13 best-sellers, Kathleen E. Woodiwiss (1939-2007) revolucionou o romance histórico moderno ao criar personagens inesquecíveis e tramas repletas de paixão. O lobo e a pomba se passa na Inglaterra, em 1066. As forças normandas invadem o território saxão. Impotente, a jovem Aislinn assiste à destruição de tudo o que lhe é precioso. Quando Sir Wulfgar chega para assumir a posição de novo senhor das terras do pai de Aislinn, ela descobre que seu maior inimigo pode ser o próprio coração.
Na Inglaterra, no tempo dos druidas, houve certa vez um guerreiro de grande coragem que desafiou e venceu os deuses em combate, como punição, foi transformado em lobo de ferro.
Segundo a lenda, nos momentos em que a guerra assola a Terra, o lobo volta à vida na forma de um guerreiro ousado, invencível e imortal. Como agora, quando normandos e saxãos entram em conflito em Darkenwald e a vida da bela Aislinn depende da concretização da profecia.
Filha de um nobre assassinado pelos invasores, Aislinn é a sofrida heroína de o Lobo e a Pomba.
Hey pessoal, estamos de volta com as resenhas triplas! #comemoraaaa
Esse ano decidimos fazer algo diferente para definir os livros que leríamos juntas, antes era tudo bem aleatório, mas agora resolvemos organizar. Cada mês uma das GeLs vai escolher um livro e todas leremos juntas, então fizemos um sorteio para o primeiro trimestre e calhou de eu ser a primeira a escolher.
No final do ano passado comprei O Lobo e a Pomba, esse livro é muito conhecido entre as pessoas que lêem muito romance histórico, não falo da nova geração que começou a ler mais esse gênero após as publicações da Arqueiro, mas daqueles que lêem romance de banca e amam. Eu diria que é um “clássico” desse gênero.
Pois bem, esse ano resolvi ler junto com as GeLs e as reações foram as mais engraçadas e diferentes possíveis… rs. Lembrando que Roxo é a cor da Ba, Vermelho da Mi e Pink da Ra – Barbara
Já faz algum tempinho que eu queria dar uma olhada nos romances de banca e em janeiro surgiu a oportunidade de leitura conjunta com a Ba e a Ra.
A sinopse não chamou muito atenção e entrei na leitura sem muitas expectativas, ainda bem kkk – Michelli
Se você está procurando um livro de romance histórico/de época, que seja bem água com açúcar, este livro vai te fazer muito bem. É aquele tipo de leitura que é muito boa para distração, mas para aqueles que curtem algo bem mais elaborado não faz muito sentido.
Eu gostei, até porque curto bastante ler livros como este depois de leituras mais densas, e durante a leitura me peguei envolvida pela narrativa, apesar de continuar achando bem bobinha. E você, leitor intelectual, que acha que só devemos ler clássicos e obras consagradas, e coisas que sempre nos faz questionar o mundo, eu tenho apenas uma coisa a dizer: MENOS! O mundo não é um conto de fadas, mas também não é uma tragédia grega. Nem tudo dá certo, mas nem tudo dá errado também, e nem todos os momentos são feitos para questionarmos os mistérios da vida. Então, dado o recado, peço que deixe que nós, leitores e meros mortais, nos divirtamos como bem entendermos. – Raquel
Mas vamos à história:
O Lobo e a Pomba conta a história de Lady Aislinn, uma saxã, filha do lorde de Darkenwald. O ano é 1066 e a Inglaterra sofre com a invasão de Guilherme e seu exército de Normandos que querem coroá-lo rei. Darkenwald é um dos lugares leais ao antigo rei e por isso deve se render. – Barbara
O contexto é a conquista normanda sobre a Inglaterra, no século XI. Aislinn, moça inglesa e filha de um lorde, vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando os normandos invadem seu solar e matam seu pai, e se apropriam de tudo que é seu. – Raquel
É enviado para lá Ragnor, um dos cavaleiros de Guilherme, para receber a rendição e proclamar Wulfgar, outro cavaleiro, como protetor e senhor daquelas terras. Mas guerra é guerra e nada sai como o imaginado. O livro começa brutal e violento, nada como estamos acostumadas nos livros da Julia Quinn… – Barbara
E quando a moça achava que tudo estava perdido, um dos normandos, Ragnor, a possui por achar que ela deve ser seu prêmio, e não do cavaleiro bastardo que o mandou conquistar o povoado. E tudo, obviamente, se complica quando tal cavaleiro, a mando do Rei Guilherme, chega ao povoado e vê que o normando não cumpriu suas ordens, que eram de preservar o povo vivo para servi-lo e não criar o caos, matando todo mundo. – Raquel
Aislinn vê seu povo sendo destruído, sua mãe sofrendo terríveis violências e seu lar tomado por normandos brutais. Como se isso não bastasse, quando o verdadeiro protetor das terras chega, Wulfgar, ele a toma para si como amante. Mas se vocês pensavam que nossa mocinha ia aceitar tudo de boa, estão terrivelmente enganados!!! Se tem algo que Aislinn sabe fazer, isso é lutar. – Barbara
“Um a um, os homens silenciaram e desviaram os olhos, disfarçando o embaraço com grandes goles de cerveja, comentando em voz baixa que aquela mulher era sem dúvida, uma feiticeira”
Wulfgar, um dos braços direitos de Guilherme. E, ao conhecer Aisliin, fica encantado e resolve tomar a moça para si, deixando Ragnor com muito ódio e jurando vingança. – Raquel
A mocinha Aislinn, que depois de ter perdido o pai e ver sua mãe enlouquecer com maus tratos acabou se tornando o objeto de disputa de dois homens. Já tendo estado nas mãos de Ragnor que a reclamou como um dos despojos de guerra, logo passou para as mãos de Wulf pois as terras do pai de Aislinn já tinham sido confiadas a ele. – Michelli
Aisliin acha ótimo se livrar de Ragnor, mas sua relação com Wulfgar não é das melhores, por saber o que ele espera dela. Tudo piora quando ela descobre que ele detesta as mulheres, achando que elas só servem para satisfazer seus prazeres. – Raquel
Aislinn é então tratada como uma escrava, usada para satisfazer os desejos desses dois homens, perdendo sua posição e honra ela agora quer acima de tudo se tornar uma mulher respeitada e pra isso, a saída que ela encontra é tentar fisgar Wulf para que ele se case com ela.. Não podemos esquecer que sim, ela sente um desejo irresistível por esse homem que ela deveria odiar, que é a razão de todos seus infortúnios e que ao mesmo tempo não ta nem aí para as mulheres. O homem quer viver livre, leve e solto longe das amarras do casamento tendo mulheres apenas pra satisfazer seus desejos.Temos aí a nossa história. – Michelli
O que fazer quando sua cabeça quer algo, mas seu corpo deseja outra coisa? Ou quando você não suporta o homem que a transformou em amante e ao mesmo tempo não consegue ficar longe dele? Tenso! – Barbara
Durante o livro, vemos o desenrolar desta relação, e vamos lutando com o fato de que ela se apaixona por um inimigo. É impossível não mandar no coração, né? – Raquel
“Poderia adiá-lo, despreza-lo, mas seria capaz de esquecer? Wulgfar estava em seu sangue, e ela não descansaria enquanto não conseguisse gravar sua lembrança na mente dele, como um tormento constante. Agindo como uma bruxa ou como um anjo, ia conseguir!”
Algumas coisas me irritaram muito durante a leitura, toda hora é um que rasga as roupas da mocinha e deixa ela desnuda, até mesmo o noivo prometido chegou a atacar ela. Eu me esforcei pra gostar da história mas estava cada vez mais difícil com esses ataques de luxuria dos machos.Também fiquei um pouco de saco cheio quando Ragnor tentava “conquistar” Aislinn. Ela só sabia falar que pertencia ao Wulf, que era dele e isso e aquilo, não me lembro agora dela ter recusado ele por si mesma já que Ragnor apelava como se a escolha estivesse nas mãos dela. – Michelli
Esses são alguns dos dilemas que nossa mocinha convive e isso não é tudo, outros personagens são adicionados ao longo da trama para deixá-la bem interessante… A verdade é que o inicio tem vários problemas, em algumas cenas tive a sensação de falta de continuidade, que seria uma falha na edição, mas na metade a coisa pega e te prende. O livro ganha outra vida e vai ficando mais interessante. – Barbara
Eu não tive a mesma impressão que minhas colegas a respeito da relação do casal Aislinn e Wulf. A primeira relação dos dois pra mim foi um estupro e as demais foram dúbias o que não me ajuda a simpatizar com o casal. No inicio a gente vê aquela relação de homem possessivo que deve ser comum nesse gênero, não podemos esquecer que Aislinn é uma escrava aqui e mesmo tentando bater de frente com o mocinho bruto ela não tem muita escolha a não ser ceder torcendo pra conquistar o coração do lobo mau. No meio dessa empreitada temos o Ragnor que não vai deixar barato o fato de ter perdido a mocinha para um bastardo e temos também a irmã do Wulf pé no saco que vai ser uma pedra no sapato de Aislinn e um teste de paciência para os leitores. – Michelli
O livro tem uma história rasa, até aí tudo bem mas é muito longo, com capítulos chatos e uma encheção de linguiça de dar sono. Eu só conseguia torcer para mocinha quando a irmã do Wulf pegava no pé dela, o romance em si eu sabia como ia terminar, o negocio era saber qual o drama que ia rolar antes. – Michelli
Eu diria que é um verdadeiro drama de novela mexicana, não é um livro perfeito, mas me divertiu. Se me divertiu e prendeu, então ok, eu indico! – Barbara
Sobre a edição… a minha é 1ª edição da BestBolso de 2012, eu encontrei alguns problemas de revisão, uma falta de palavra e concordância, nada grotesco ou absurdo, mas que vale a pena citar já que o livro por ter uma edição simples o considerei um pouco caro. – Barbara
Enfim, se sua pergunta é: Ele se apaixona por ela? Eu respondo: SIM! É meio óbvio. Quer saber se o final é feliz? Eu digo que sim, É CLARO! É clichê? Sim, é, mas é bom e eu recomendo. – Raquel
Bem, esse foi o meu primeiro contato com esse tipo de livro, abordagem de cara “bruto” que toma o que acha que é seu e conquista a mocinha pelo seu sex appeal e depois acaba domado pela mocinha. Infelizmente essa história não me conquistou nem um pouco, empurrei a leitura com a barriga, talvez por causa daquela impressão no inicio do livro a respeito da relação do casal foi o que desandou a experiência. Não recomendo kkkk a não ser que você seja muito fã de romances de época/históricos e leia de tudo. – Michelli
Se você é fã de romances históricos não pode deixar de ler esse livro, é diferente e foge totalmente ao politicamente correto. Pode ser que você goste ou te divirta como me divertiu. – Barbara
Até a próxima!
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