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Resenha #93 Apenas Um Dia

Título: Apenas Um Dia
Autor: Gayle Forman
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014
Páginas: 384
Classificação: 4,5 estrelas
Sinopse: “A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida.
Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro… Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.”

“O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e mulheres, meros atores. Eles saem de cena e entram em cena, e cada um, a seu, tempo, representa vários papéis.”
Como Gostais, William Shakespeare
 

 

Bem, esse livro foi uma troca. Eu comprei um livro que acabei ganhando de presente e ao ir à livraria pra fazer a troca optei por Apenas Um Dia, não era um livro desejado, simplesmente peguei por estar próximo do valor do outro sem nenhuma pesquisa a respeito do livro. Gostei do título e me arrisquei com ele.

Allyson é uma adolescente norte americana que tem uma vida bem sistematizada, ela nunca faz algo além do que as pessoas esperam dela. Na cidade turística de Stratford – upon – Avon conhecida por suas homenagens a William Shakespeare, durante uma viagem presente de seus pais junto com a amiga Melanie, aquele tipo de amiga doidinha que todos temos rs, ela toma a inesperada iniciativa de aceitar o convite de um jovem e atraente estrangeiro para assistir uma peça do dramaturgo inglês ao ar livre, no lugar de outra em um teatro no qual elas aguardavam na fila, trocando Hamlet por Noite de Reis.

 

“Com a moeda na mão, aplaudo. Aplaudo até minhas mãos começarem a formigar. Aplaudo como se, fazendo isso, pudesse prolongar a noite, pudesse transformar a Noite de Reis num Longo Reinado. Aplaudo para poder me agarrar a esse sentimento. Aplaudo porque sei o que acontecerá quando eu parar. A mesma coisa que acontece quando termina um filme muito bom, no qual tenha me perdido: serei jogada de volta à minha própria realidade, e algo sombrio nascerá em meu peito.”

Então os acasos começam ou seria sincronicidade? No trem para Londres no dia seguinte ela reencontra o estrangeiro da peça, e conversam sobre cafés da manhã e Shakespeare. Willem é um holandês simpático e aventureiro e quando Allyson conta de sua decepção por não poder ter conhecido Paris durante a viagem, ele meio que lhe faz um convite.

“Posso ter 18 anos, mas já me parece bem óbvio que o mundo está dividido em dois grupos: o dos que fazem e o dos que observam. As pessoas com as quais as coisas acontecem e o restante de nós, que meio que se arrasta sobre as coisas.”

E aquela que dizia Não para tudo, passou a dizer Sim e se arriscou, aceitando a aventura.

No inicio Allyson fica um pouco insegura por não entender muito Willem, fica com umas paranoias o que é bem normal e engraçado, durante a leitura eu também fiquei insegura por ela mas aos poucos Willem vai deixando ela confortável e passam por muitas experiências nesse Apenas Um Dia.

” E lá está Paris! A Paris do cartão-postal! A Paris de Surpresas do Coração, de meia-Noite em Paris, de Charada e de todos os outros filmes de Paris que já vi.”

E então que algo acontece, um rumo inesperado pra história e vou ficar por aqui porque acho melhor não dar spoiler, vocês precisam se surpreender como eu. Você pensa que vai ser algo previsível e o livro te da uma rasteira rs e depois vem aquele final que termina na melhor parte e simplesmente…

O livro é todo no ponto de vista da Allyson o que faz com que você não saiba muito sobre o que motiva Willem e o que o fez acompanha-la na viagem para Paris, nem como ele se sente a respeito dela.

Willem é um mistério.

O inicio me prendeu e depois da virada ficou um pouco lento e eu achei que ia desanimar porque não sabia onde o livro queria chegar e então mais uma virada que deu uma baita acelerada nas coisas e o livro fica com um tom de mistério até o final. Terminei as 5 da manhã porque não consegui parar.

Ele também da um gostinho das histórias de Shakespeare para quem não as conhece muito bem.
Mostra as amizades de longa data que vão chegando em um momento de ruptura. A vida na universidade, os novos amigos, gostei muito deles especialmente Wren, todo o crescimento da Allyson e como a viagem mudou algo dentro dela e principalmente como tomar as rédeas da própria vida.
Depois desse livro fiquei com um desejo incontrolável de ler e assistir se possível alguma adaptação de Como Gostais e Noite de Reis


Antes de comprar o livro eu não sabia que era uma trilogia e fiquei um pouco irritada porque ultimamente tenho fugido um pouco disso, então estou feliz por ter demorado a ler pois terminei próximo do dia do lançamento de Apenas Um Ano que vai nos contar o ponto de vista do Willem que nesse caso é compreensível já que torço um pouco o nariz pra essa onda de pontos de vista masculinos. Eu não li Se Eu Ficar que é da mesma autora e não me atirem pedras mas acho que deveriam ter feito um filme desse livro viu.

Sabe quando você lê um livro no escuro mas que mesmo assim você acha que vai ser de um jeito e ele te surpreende? Foi o que me aconteceu aqui e eu fiquei:

Foi difícil fazer essa resenha porque eu queria falar tanta coisa mas achava que era entregar demais rs, marquei um monte de quotes que vão ficar de fora da resenha Então gente, leiam Apenas um dia que foi uma ótima surpresa e aproveite que o segundo livro já foi lançado porque com aquele final você precisa urgentemente da continuação.

“E é neste momento que entendo que eu fiquei marcada para sempre. Independentemente de se ainda estou apaixonada por ele, se ele algum dia foi apaixonado por mim e se está apaixonado por outra pessoa agora, Willem mudou minha vida. Ele me mostrou como se perder, e então eu mostrei a mim mesma como me encontrar.”
 











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