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Resenha #244 O Pistoleiro

Título: O Pistoleiro (A Torre Negra #1)
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 224
Ano: 2004
Gênero: Fantasia
Classificação: 3 estrelas

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Sinopse: Este livro é o primeiro dos sete volumes da série A Torre Negra, obra mais ambiciosa do escritor Stephen King. “O Pistoleiro” apresenta ao leitor o fascinante personagem de Roland Deschain, último descendente do clã de Gilead, e derradeiro representante de uma linhagem de implacáveis pistoleiros desaparecida desde que o Mundo Médio onde viviam “seguiu adiante”. Para evitar a completa destruição desse mundo já vazio e moribundo, Roland precisa alcançar a Torre Negra, eixo do qual depende todo o tempo e todo o espaço, e verdadeira obsessão para Roland, seu Cálice Sagrado, sua única razão de viver. O pistoleiro acredita que um misterioso personagem, a quem se refere como o homem de preto, conhece e pode revelar segredos capazes de ajudá- lo em sua busca pela Torre Negra, e por isso o persegue sem descanso. Pelo caminho, encontra pessoas que pertencem a seu ka-tet – ou seja, cujo destino está irremediavelmente ligado ao seu. Entre eles estão Alice, uma mulher que Roland encontra na desolada cidade de Tull, e Jake Chambers, um menino que foi transportado para o mundo de Roland depois de morrer em circunstâncias trágicas na Nova York de 1977. Mas o pistoleiro não conseguirá chegar sozinho ao fim da jornada que lhe foi predestinada. Na verdade, sua aventura se estenderá para outros mundos muito além do Mundo Médio, levando-o a realidades que ele jamais sonhara existir. Inteiramente revista pelo autor, esta primeira edição brasileira de “O Pistoleiro” traz também prefácio e introdução inéditos de King.

“Continuaria avançando até que algo mudasse e, se nada mudasse, mesmo assim continuaria avançando. Haveria água se Deus quisesse, diziam os moradores antigos. Água se Deus quisesse, mesmo no deserto.”

“O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás”. É assim que iniciamos nossa longa jornada ao lado de Roland, um pistoleiro que tinha como objetivo chegar até a Torre e pegar o homem de preto. O livro todo narra sua busca desesperada por ele, que parece estar brincando com sua paciência. Há vezes em que deixa rastros e mostra que está a seu alcance e há outros em que parece ter desaparecido. Ainda assim, Roland jamais desiste; não pode parar. Precisa encontrá-lo a todo custo.

O pistoleiro faz uma parada em uma cidade no meio deserto, com uma população bastante perturbada (e o que não é assim nos livros do King, certo?) e resolve ficar por ali por um tempo. Até que todos se voltam contra ele e uma maluquice de deixar o queixo caído acontece. Após o ocorrido, Roland parte para o deserto novamente. É então que encontra Jake, um garoto que vive sozinho no meio do nada e parece ser de um lugar muito estranho. Ao que tudo indica, o homem de preto o colocou ali como uma forma de desafio para com o pistoleiro.

Após o encontro, os dois partem juntos e continuam procurando pelo homem. Roland tem certeza de que o alcançará e terá respostas aos questionamentos que o atormentam por um tempo. No entanto, durante a jornada com o garoto, o pistoleiro começa a se apegar e isso o incomoda. Juntos passam por perigos e ele se vê tentando protege-lo ao máximo. É nesse momento que a narrativa se divide entre as memórias do pistoleiro e o presente. Vemos então onde ele morava, como cresceu e porque é um pistoleiro, mas ainda assim, o porquê de estar procurando pela Torre não é revelado.

Depois de muitos dias nessa viagem com o menino, ambos avistam o homem ao longe, subindo uma montanha. É então que a verdadeira perseguição começa. Porém, o pistoleiro terá um grande desafio pela frente. Será que ele alcançará o homem de preto? Conseguirá encontrar as respostas das quais precisa? Quem é o homem de preto afinal?

Confesso que imaginei um milhão de finais, porém fui surpreendida. Este primeiro livro tem uma narrativa um tanto lenta e algumas pontas soltas. Não sei explicar ao certo onde ou quando a história acontece. Também não posso dizer se o mundo acabou e virou o mundo de Roland, ou se é uma realidade paralela à nossa. O que sei é que ele está no Mundo Médio e que esse mundo parece estar morrendo e que existem vários mundos por aí e no centro de tudo está a bendita Torre. Acredito que muitas pontas soltas serão resolvidas até o sétimo livro. #oremos

Esse é o segundo livro do King que leio e ainda estou me acostumando ao tom narrativo de suas histórias, sempre cínicas e que nem sempre fazem sentido, pelo menos para mim. Acho que ele é frio demais na maioria das vezes, o que torna alguns pontos rasos demais. Porém, gostei bastante da história, e sabia que ela seria um pouco difícil de continuar. No entanto, o autor pede paciência na introdução e explica o porquê de certos “problemas”. No fim, posso dizer que estou curiosa para continuar essa aventura com Roland e mal posso esperar para recomeçar a busca pela famosa Torre. Espero que vocês se juntem a nós!

“A Torre. Em algum lugar à frente, ela estava à sua espera. […] Começou de novo a seguir para o oeste, de costas para o nascer do sol, no rumo do oceano, percebendo que uma grande fase de sua vida havia se completado. […] Sonhou seus sonhos e viu as estrelas aparecerem; não vacilava em seu objetivo, nem seu coração fraquejava.”

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