Título: Esposa Perfeita
Série: Will Trent
Ordem: 8
Autor: Karin Slaughter
Editora: Harper Collins
Gênero: Suspense/ Romance Policial/ Literatura Estrangeira
Páginas: 464
Ano: 2017
Classificação: 3 estrelas
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Sinopse: Maridos e esposas. Mães e filhas. Passado e futuro.
Segredos os unem. E segredos podem destruí-los.
Com a descoberta de um corpo de um ex-policial em um canteiro de obras, o detetive Will Trent é chamado para resolver um caso muito perigoso. Ao analisar o cadáver, Sara Linton – nova investigadora forense e amante de Will – nota que parte do sangue do presente na cena do crime é de outra pessoa. Há uma outra vítima: uma mulher, que desapareceu… E que vai morrer se não for encontrada logo.
Para piorar, o terreno pertence a um atleta rico, poderosos, com amigos no Congresso e um dos advogados mais inescrupulosos que existem. Um homem que já escapou de acusações de estupro, apesar dos esforços de Will para colocá-lo na cadeia.
Mas o pior ainda está por vir. Evidências conectam o passado turbulento de Will com o crime… E as consequências vão despedaçar sua vida, colocando Will em conflito com todos ao seu redor, incluindo seus colegas de trabalho, sua família, seus amigos e, acima de tudo, o suspeito que ele tanta procura: sua ex-mulher.
Faz um tempinho que entrei na vibe dos livros de suspense. Já lia antes, mas agora a frequência aumentou, e desde que li o primeiro da Karin Slaughter eu sabia que tinha encontrado uma autora para entrar para os “queridinhos”.
Vocês já conhecem a minha experiência com Flores Partidas e o quanto achei sensacional o livro. Comprei Esposa Perfeita logo em seguida e apesar das capas semelhantes, as histórias são completamente distintas. Flores Partidas é um standalone e Esposa Perfeita é o oitavo livro da série Will Trent.
Sim, eu comecei uma nova série pelo oitavo livro. Não, não foi intencional.
Eu comecei a ler o livro em um Buddy Read junto com a Mi e o Jão, e depois do livro decidido e já ter lido as primeiras páginas, pesquisamos um pouco e fomos descobrir a ordem correta dos dessa série. Vou falar mais sobre isso a seguir, mas antes deixa eu resumir a história, e assim poder fundamentar as minhas críticas mais corretamente.
Como disse, esse é o oitavo livro da série Will Trent, e logo nas primeiras páginas nós vemos o desenrolar de um assassinato brutal – o que parece ser uma característica dos livros da Karin. Logo em seguida, estamos junto com Will, sua parceira Faith, a AIG – agência para qual eles trabalham, e outros investigadores da polícia em uma boate desativada. Ali tinha acabado de ser encontrado o corpo de um ex-policial, e como se já não fosse uma situação ruim, a boate pertence a um famoso jogador de basquete, Marcos Rippy. Ele recentemente tinha sido acusado de estupro, mas conseguiu se livrar das acusações. E tinha sido Will o investigador que conduziu o caso.
Porém, tudo o que está ruim pode piorar, e é o que acontece. As investigações preliminares mostram que poderia haver mais um corpo, a quantidade de sangue não condizia com o ferimento do policial e a cena toda levava a crer que outra pessoa tinha morrido ou estava gravemente ferida. E pelas provas descobertas, tudo leva a crer que a outra pessoa seria Angie, esposa de Will.
Angie é uma figura emblemática em toda a série pelo que pude notar nesse livro, ela e casada apenas no papel com Will, eles viviam em um relacionamento muito torto e que pela narrativa chegou ao fim, já que Will tem uma namorada, a médica Sara. Sim, um triângulo amoroso bem complicado.
A Angie é uma mulher de índole muito duvidosa. Ela basicamente não presta, mas por conta do passado e de toda uma história juntos, Will sempre tenta ajuda-la. Com a possibilidade de ela estar morta ou gravemente ferida, ele passa a fazer de tudo para encontrá-la, descobrir o que aconteceu e talvez salvar sua vida. Porém essa busca pode encerrar sua carreira e também o seu relacionamento com Sara. É complicado…
E em paralelo nós vemos como os outros personagens tentam descobrir mais informações sobre o policial e sua ligação com o Marcos Rippy e o mundo dos esportes.
Acho que por esse resumo deu pra notar que o livro é recheado de aspectos pessoais da vida dos personagens. Não é simplesmente um novo caso com o mesmo investigador, como são os livros da Agatha Christie, onde você lê e não sente que está perdendo nada por não ter lido na ordem correta. Aqui não, eu senti muita falta de conhecer melhor os personagens para conseguir sentir alguma empatia por eles ou não.
O relacionamento do Will com a Angie é bem abusivo psicologicamente, ela exerce um domínio impressionante sobre ele, e eu creio que se tivesse visto isso se construir nos livros anteriores, entenderia melhor. O mesmo vale para o romance com a Sara, que é muito mais saudável.
Foi interessante entrar no mundo dos jogadores de basquete, muito dinheiro e o poder de resolução que ele traz foi mostrado com maestria aqui. O final me surpreendeu, não esperava que tudo fosse desenrolar para esse lado, mas gostei. Até a metade o livro estava lento e com os capítulos longos, cansativo. Porém depois do capítulo 8 a história ganhou novo fôlego e tudo ficou bem interessante.
Como digo sempre, na maioria dos livros de suspense, ninguém presta, então não podemos esperar muitas qualidade positivas dos personagens. Quem é mau, é mau mesmo e quem é bom, é mais ou menos bom rsrs.
Bom, minha dica é que se possível, leia os livros na ordem. O mistério do crime é interessante e a escrita da Karin vale cada página. Minha críticas ficam apenas para o ritmo lento do início e para as editoras por não publicarem a série na ordem correta. Alguns títulos pertencem a Record e outros são da Haper Collins, então é complicado e quem perde são os leitores.
Até breve.
Confira a resenha em vídeo
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