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Resenha 453 O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa

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O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa é o segundo e, talvez, mais importante livro da fantástica e épica saga escrita por Clives Staples Lewis também conhecido como C. S. Lewis.

Trata-se do primeiro livro lançado pelo autor dentro das terras de Nárnia e traz a chegada de Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia a esse universo fantástico. Os personagens são os mais emblemáticos desse universo, sendo muito recorrentes nas histórias vindouras, mas um passo de cada vez.

Também o filme (eu falo muito da sétima arte, desculpa) me marcou muito quando mais jovem, mas o Volume Único da história me afastava (eu tenho minhas questões, estou me tratando), mas as novas edições individuais da Harper Collins Brasil me deram um novo ânimo.

Pois bem, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa acompanha a chegada dos Pevensie numa Nárnia bem diferente da que deixamos em O Sobrinho do Mago, a terra de Aslam está num sempre inverno e nunca Natal há mais de cem anos, devido ao regime autoritário da Feiticeira Branca, sim, ela mesma que foi trazida à Nárnia por Polly e Digory. Aqui cabe dizer que O Sobrinho foi o penúltimo livro a ser lançado na ordem cronológica, justamente para tentar “explicar” algumas questões.

O livro começa no nosso mundo no contexto de Segunda Grande Guerra, quando os Pevensie fogem de Londres para o interior devido aos bombardeios. Eles acabam parando na casa de Digory, agora um professor mais velho. Num dia de chuva, brincando de pique-esconde, Lúcia acaba entrando no Guarda-roupa, feito da uma árvore vinda de Nárnia, e chega à fantástica terra. Lá encontra o Sr. Tumnus, que a convida para tomar um chá, mas com segundas intenções.

E aí aconteceu uma coisa muito engraçada. As crianças ainda não tinham ouvido falar de Aslam, mas no momento em que o castor pronunciou esse nome, todos se sentiram diferentes. Talvez isso já tenha acontecido a você em sonho, quando alguém lhe diz qualquer coisa que você não entende, mas que, no sonho, parece ter um profundo significado – o qual pode transformar o sonho em pesadelo ou em algo maravilhoso, tão maravilhoso que você gostaria de sonhar sempre o mesmo sonho .

Se no primeiro livro acompanhamos a criação da terra de Nárnia, aqui temos uma Nárnia em declínio por conta de sua governante, os animais e seres fantásticos estão com medo, deprimidos e revoltados. A Feiticeira determinou a apreensão de todos os Filhos de Adão e as Filhas de Eva, o que torna a mera presença dos Pevensie em Nárnia perigosa.

Crônicas possui características muito únicas, a começar pela maneira com que a história é contada, com um narrador-personagem em terceira pessoa, que emite opiniões; as alegorias cristãs presentes na obra, quer pelo uso de “Filhos de Adão” e “Filhas de Eva”, quer pela alegoria de Aslam como Jesus Cristo.

Explico: a feiticeira pode conhecer a Magia Profunda, mas não sabe que há outra magia ainda mais profunda. O que ela sabe não vai além da aurora do tempo. Mas, se fosse capaz de ver um pouco mais longe, de penetrar na escuridão e no silêncio que reinam antes da aurora do tempo, teria aprendido outro sortilégio.

Nesse segundo livro, as relações entre os Pevensie são o ponto alto, a dinâmica dos irmãos é muito boa e divertida, temos Pedro e Susana buscando encenar uma espécie de sabedoria a qual não possuem, Lúcia com sua doçura e bondade inigualáveis e Edmundo. Edmundo talvez seja o melhor personagem das Crônicas. Sua complexidade e seus traços infantis e inocentes tornam o menino mais real, mais interessante.

Um dos melhores momentos do livro é a Caminhada Noturna de Aslam, acompanhado de Susana e Lúcia, ali o Leão mostra uma humanidade bonita, retirando a imponência e sua majestade para demonstrar medo, ainda que com determinação, mas há ali um medo palpável de enfrentar o que o aguarda. É emocionante.

Por fim todos se calaram e foi um silêncio daqueles de ouvir zumbido de abelha, esvoaçar de passarinho e sussurrar de brisa na folhagem.

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa é uma história emocionante, divertida e que não dá vontade de parar de ler. Um deleite para quem ama uma boa história de fantasia.

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